E de repente já não me importo se é dia ou noite, se gostam das minhas atitudes ou as vêem como abomináveis, apenas quero ficar bem, me sentir bem. O mundo me tornou a egoísta que sou, a vida me mostrou o valor dos sentimentos e toda a sua banalidade. Não me peça agora compaixão depois de me jogar as traças.
Quando nos encontramos num isolamento extremo aprendemos a dar valor no essencial a vida: comer, beber, dormir e acordar, se conseguirmos fazer isso já será o suficiente, não há necessidade em sentimentos, também não há solução neles. Cada dia mais o frio invade o meu coração e sinto a esperança tão pequena, como uma flor que não pode crescer pela ausência do Sol.
Crio hoje um novo mundo, despido de algumas palavras que causam apenas dor, livre para viver o prático, o exato, o palpável. Já não me importo, pois ninguém se importa. E assim espero aquilo q posso alcançar com as mãos, tudo aquilo q corresponde unicamente na confiança as palavras se torna apenas utopia de outra vida que nem sei se vivi, um sonho tresloucados de minha doce inocência infantil, algo que já não me cabe mais, algo que já esqueci!
Pois se assim fui um dia, se realmente confiei, me entreguei, vivi, amei já não sei mais. Hoje acordo, me levanto, escovo os dentes, tomo banho, penteio cabelo, vou para o curso ... eu e meu lado mecânico.