Através dos anos vemos as mudanças do tempo
Algumas sutis, outras devastadoras...
O primeiro emprego,
A formatura na faculdade,
Os primeiros fios brancos,
A morte de alguém muito querido...
A vida nos transforma, nos vira do avesso
Ora somos acariciados pelo vento do dia a dia,
Nos aquecemos com o sol da rotina.
Ora levados pela enchente de emoções,
Atropelados pela correria que nos cega.
Nesse rio que nunca para
As vezes, quando cansados, apenas flutuamos
Sem decidir a direção
Apenas seguimos o fluxo da água
e nos deixarmos levar pela correnteza.
Através dos dias vemos o novo virar velho
O que antes nos parecia inexplicável
Agora ilumina nossos sentidos
Nos dá a direção.
Avós... Pais... Filhos...
Fluxo contínuo do espaço tempo
Incessante... inconstante...
Através dos segundos vemos a vida florescer
Pétalas colorindo os dias cinzas
Nesses mesmos segundos há morte a espreita
Exata, com hora marcada.
A sutileza e brevidade do sopro da vida
Cujo o valor muitas vezes nos esquecemos
É ainda mais valorosa ao acordar
Não o acordar de quem dormiu
Mar o despertar, iluminar-se
Tornar-se ciente que tudo acaba.
O fim está próximo!
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